12º DIA ESTRADA REAL - SÃO SEBASTIÃO DA VITORIA A CARRANCAS 12/01/14

 Posso começar este relato dizendo que foi um dos melhores dias de pedal. O porque? Continue lendo... 

Acordamos cedo e na simples pousada porem muito útil para quem passa pela estrada real tomamos o café. Fiz questão de anunciar o telefone da pousada pois não tínhamos e não encontramos nenhuma informação sobre hospedagem nesta cidade. Então aqui fica a nossa dica. É bem simples mas ótima e tranquila para passar uma boa noite de sono. Ronaldo levantou ainda sofrendo do joelho e assim como no outro dia teve que empurrar boa parte do trajeto. Nosso percurso continuou tendo os famosos e perigosos mata burros e muitas plantações de lavouras pelo caminho. Uma estrada larga foi nossa companheira por boa parte do percurso. Algumas plantações de eucaliptos e uma passagem por baixo da ferrovia do aço foi outras atrações do dia. Conseguimos  avistar uma comunidade de origem quilombola mas a nossa maior expectativa era avistar a represa. Pedalamos e pedalamos e nada dela aparecer. Comecei a brincar dizendo que daqui a pouco eu ia avistar o mar de Paraty e nada da represa. Estávamos bem altos com relação a ela e faltando uns 3 kms ai sim ela apareceu. Fiquei meio frustado, já que o nível de suas águas encontravam baixas e as margens estavam marcadas com o nível de onde a água pode chegar. Descemos ao nível da represa e antes de chegar na balsa chegamos em Caquende, pequeno lugarejo as margens da represa. Para nossa sorte chegamos antes do horário do almoço e conseguimos fazer a travessia sem problemas. Atenção pois nesta hora era não funciona e sera preciso esperar. Na balsa nos divertimos, primeiro que o nome da embarcação é Carranquinha I e que ela nada mais é do que um trator acoplado em uma balsa. Engenhoca bem simples porem muito funcional. a travessia não dura mais que 5 minutos, é bem rápida e muito tranquila. Na outra margem encontra-se um lugar chamado Capela do Saco onde estava acontecendo um pré carnaval. Como já era a hora do almoço fomos procurar um lugar para comer e na balsa mesmo nos informaram de uma pousada que serviria almoço. Fomos direto ao lugar e lá para nossa surpresa tivemos a melhor recepção de toda a estrada real. Fomos recebidos pela proprietária Cléia e sua filha Débora que ao saberem que estávamos fazendo a estrada real nos recebeu de braços abertos e com muita felicidade. Ao comentar do almoço ela disse que servia sim, mas que precisaria de uns 45 minutos para ficar pronto e se a gente estivesse de acordo e quisesse esperar, podíamos então matar o tempo na piscina da pousada e jogar uma sinuquinha. Queríamos mais o que? Só pela recepção não precisava de mais nada. E quando saiu o almoço, meu Deus do céu que maravilha. Que comida prepararam para nós e ainda tivemos o prazer de ter a companhia das proprietárias na mesa comendo com agente. Sinceramente me senti em casa batemos um ótimo papo e para a nossa surpresa lá vendia as miniaturas dos totens da estrada real. 

Que vontade que deu passar a noite ali na companhia agradável de todos, porem a meta neste dia era fazer Carrancas e precisávamos chegar ao destino. Com certeza outras oportunidades virão e lá vai ser minha parada obrigatória. Também recomendo a todos que estejam fazendo a estrada real de se hospedarem por lá e vão com certeza sentirem muito bem com a hospitalidade. O site da pousada é http://www.pousadareis.com.br/pousada/index.html  . Registramos então nossa passagem por lá e seguimos nosso caminho, nos despedimos tristes por não poder ficar mais, porem felizes por conhecer boas pessoas e que sabem dar valor a Estrada Real e as pessoas que por ali passam. 

Para variar o sol estava daquele jeito mas o objetivo não estava tão longe. Nossa maior preocupação era a assustadora serra de Carrancas que em vários relatos lidos dizia ser de difícil acesso e que daria algum problema. No inicio seguiamos com a estrategia de parar nas sombras mais frescas para recuperar o folego e seguir viagem. Em alguns lugares paramos para refrescar em pequenos riachos. Mas nunca tirávamos da cabeça a tal serra. Equivoco nosso, principalmente o meu. Descobri mais uma vez que preciso tirar da cabeça que sera difícil de fazer alguma coisa porque simplesmente li em algum lugar. Definitivamente isso não serve para mim. Essa ansiedade só atrapalha e não leva a nada. No inicio da subida deparamos com a tal placa dizendo só carro 4x4. Porem não estava de carro, lembrei que com minha bike vou a muitos lugares que poucos vão e ali seria então mais um. A subida nem tão inclinada é, porem no inicio tem alguns cascalhos e pedras soltas, mas nada impossível de fazer. Fui pedalando até um bolsão de areia que afundou o pneu e ai não teve jeito tive que empurrar. Nesta parte fiquei impressionado com tanto água brotando de pedras. A paisagem do lugar faz você esquecer que esta subindo e nem cansaço dá para sentir. Mais ao alto uma vista fantástica e um final de tarde nos brindou. aproveitamos o máximo de claridade para registrar algumas fotos e então continuar a subida agora mais fácil ainda. Pouco tempo depois já estava pedalando e seguindo rumo a Carrancas que pode ser avistada do alto e de uma boa descida completamos nosso dia. Mas antes passamos em frente a uma lanchonete e alguns salgados foram o tira gosto para nosso jantar na pousada que ficamos. Descansar era preciso porque meu dia seguinte seria longo e eu nem imaginava.

 São Sebastião da Vitoria.

 Comunidade quilombola.

 Vai um milho ai?

 e feijão?

 Capela do Saco e a represa.

 Caquende.

 Carranquinha I.

 O calor estava convidativo para um mergulho.

 Na pousada dos Reis.

 Olha os mata burros ai.

 Frio ??????????

 É por lugares assim que cada gota de suor meu vale a pena.

 Carrancas.