terça-feira, 21 de janeiro de 2014

7º DIA ESTRADA REAL - DESCANSO EM OURO PRETO 07/01/14

 Depois de concluir o caminho dos diamantes, resolvi tirar um merecido dia de descanso. O lugar, Ouro Preto, cidade histórica de Minas Gerais. Primeiramente vou deixar um aviso que dicas de hospedagem, lugares para comer e dicas preciosas sobre os caminhos farei em um post apropriado e único. Lá terá as distancias, altimetria e outras informações que eu achar necessário.
 A origem de Ouro Preto está no arraial do Padre Faria, fundado pelo bandeirante Antônio Dias de Oliveira, pelo Padre João de Faria Fialho e pelo Coronel Tomás Lopes de Camargo e um irmão deste, por volta de 1698. Pela junção desses vários arraiais, tornando-se sede de conselho, foi elevada à categoria de vila em 1711 com o nome de Vila Rica. Em 1720 foi escolhida para capital da nova capitania de Minas Gerais. Em 1823, após a Independência do Brasil, Vila Rica recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por D. Pedro I do Brasil, tornando-se oficialmente capital da então província das Minas Gerais e passando a ser designada como Imperial Cidade de Ouro Preto. Em 1839 foi criada a Escola de Farmácia e em 1876 a Escola de Minas. Foi sede do movimento revolucionário conhecido como Inconfidência Mineira. Foi a capital da província e mais tarde do estado, até 1897. A antiga capital de Minas conservou grande parte de seus monumentos coloniais e em 1933 foi elevada a Patrimônio Nacional, sendo, cinco anos depois, tombada pela instituição que hoje é o IPHAN. Em 5 de setembro de 1980, na quarta sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO, realizada em Paris, Ouro Preto foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade. Nenhum outro município brasileiro acumulou tantos fatos históricos relevantes à construção da memória nacional como este vasto município. Destacam-se, como marcos importantes da história brasileira: - Última década do século XVII e princípio do XVIII - clímax das explorações paulistas, sendo descoberto o "ouro preto"; 
- 1708 - Guerra dos Emboabas; os atritos entre paulistas e 'forasteiros' atinge o ponto alto no distrito de Cachoeira do Campo; 
- 1720 – Revolta liderada por Filipe dos Santos; motins contra o Quinto da Coroa Portuguesa; 
- 1789 - Inconfidência Mineira; confabulação entre determinados segmentos da sociedade mineradora de então para tornar Minas livre do jugo português. Em 1897 Ouro Preto perde o status de capital mineira, especialmente por não apresentar alternativas viáveis ao desenvolvimento físico urbano, sendo a sede transferida para o antigo Curral Del’Rey (onde uma nova cidade, Belo Horizonte, planejada e espaçosa, estava sendo preparada). 
 Devido a esta historia, não sei e não podemos saber como seria a cidade se o progresso continuasse. Bom que parou por ai e que alguém resolveu preservar a bela historia do lugar. Que em muito lugares estão conservadíssimas. Meu passeio pela cidade foi logo pelo centro histórico, onde somos agraciados com belos casarões, museus, igrejas do estilo barroco e ruas do seculo XVII. Andar em Ouro Preto precisa de um pouco de disposição, já que o relevo de montanha esta presente em todos os cantos.  

Igreja de N.Sra. das Mercês e Misericórdia (Mercês de Cima) : igreja construída entre 1771 e 1793. A torre central foi projeto de Manuel Francisco de Araújo. Rua Padre Rolim. A visitação não tem horários marcados. 
Igreja de São Francisco de Paula : foi a última igreja erguida no período colonial, com execução iniciada em 1804. A imagem do padroeiro, que hoje se encontra no Museu Aleijadinho, é atribuída ao mestre. De seu adro se tem uma bela vista da cidade. Rua Padre Rolim. Horário: de terça a domingo, das 9 às 10:45h e das 13:30 às 16:45h, e domingo, das 13 às 16:45h.





Matriz N. Sra. do Pilar : o projeto desta igreja, considerada uma das mais requintadas do barroco, é atribuído a Pedro Gomes Chaves. A talha da capela-mor foi executada por Francisco Xavier de Brito. O acervo ainda inclui magnífica talha coberta de ouro e mais de quatrocentos anjos esculpidos. Foram empregados em sua ornamentação cerca de 400 quilos de ouro e 400 de prata. Em anexo, na sacristia, está o Museu de Arte Sacra do Pilar. Entrada paga. Praça Monsenhor Castilho Barbosa. Horário: de terça a domingo, das 9 às 10:45h e das 12 às 16:45h









A Praça Tiradentes é uma praça localizada na cidade . Foi o local onde a cabeça do mártir da independência, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes foi exposta (1792) em Vila Rica, atual Ouro Preto. No local onde estivera o poste (atual praça Tiradentes) se encontra hoje um monumento ao Mártir. Verifica-se que curiosamente, a estátua em bronze de Tiradentes está de costas para a então residência oficial do governador.



Praça Tiradentes.





Museu da inconfidência, antiga cadeia e câmara.



Aqui funciona o museu de mineralogia. A coleção de mineralogia teve a sua origem no pequeno número de amostras trazidas pelo fundador da Escola de Minas, o cientista francês Claude Henri Gorceix, em 1875, procedentes do Laboratório de Mineralogia e Geologia, fundado por ele no Rio de Janeiro. Podem ser vistas no Museu amostras mineralógicas do diamante aos minerais de urânio, amostras curiosas como o quartzito flexível (pedra mole), quartzo com inclusões aquosas, estalactites, belas coleções de topázio imperial, de quartzo, de ágatas, opalas e tantos outros minerais raros. O visitante do Museu poderá também ver a Capela do Palácio dos Governadores e o Panteão onde se encontram depositados os ossos do fundador da Escola de Minas, Claude Henri Gorceix, transladados da França na década de 70, bem como seus instrumentos de trabalho e pesquisa.
Atenção cobra-se a entrada e é proibido fotografar. 





Ao fundo o Pico do Itacolomi.


Antiga Santa Casa de Ouro Preto.


Igreja de São José : pertencia à irmandade que reunia vários artistas. O risco do retábulo da capela-mor e da torre são de Aleijadinho. Erguida entre 1730 e 1811. Rua Teixeira Amaral. Visitação: sem horário fixo.

Estação férrea de Ouro Preto. A Estação de Ouro Preto é um complexo composto pelo antigo casarão que abrigava a estação ferroviária de Ouro Preto, por vagões fixos localizados nos arredores do prédio e pela Tenda Cultural da Estação. Hoje funciona o trem da vale que faz passeios turísticos até a cidade de Mariana. Atenção a locomotiva usada no passeio é uma do tipo G8 a diesel, diferente das a vapor que foram usadas antigamente. O valor do passeio ida e volta para Mariana é de R$ 50,00. Para maiores informações ver o site http://www.tremdavale.org/pt/trem-turistico/


Maquete exposta na estação.





Virador de locomotiva.

Pequena siderurgia.
UFOP.



Artesanato de pedras no centro de Ouro Preto.
fontes: Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas/UFOP - Ouro Preto
              Idas Brasil LTDA.

2 comentários:

Penélope Lúcia disse...

Não sei nem como te parabenizar pelas informações e pelas belíssimas fotos. Uma mais bela que a outra e outras que a gente nem imagina como conseguiu visualizar o ângulo perfeito.
Wiliam, fico feliz por percorrer a história do Brasil e nos presentear com sua vivência.
Forte abraço e como escreveu seu colega Djalma no post anterior, toda esta experiência precisa ser retratada em um livro.

Penélope Laura disse...

Parabéns!!! Que aula está nos dando e quantas informações úteis que vc nos passa.
Muito feliz por vc ter realizado este sonho e partilhar com todos.
Como sempre, as fotos estão sensacionais.
Parabéns!!!!!