quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

14º DIA ESTRADA REAL - CAXAMBÚ A ITANHANDÚ 14/01/14

 Mais um dia amanheceu e com ele aquele céu azul que vem me acompanhando desde quando começou a viagem. Minha sorte que o inicio do trajeto era bem tranquilo, com subidas suaves e com algumas sombras. Meu caminho assim se seguiu em direção a São Lourenço. Porem chegando mais próximo da cidade apareceram alguns morros mais enjuadinhos mas pedalavél. Em um alto de morro desses ouço um assobio de ar escapando de meu pneu traseiro, era um furo. Parei e troquei a câmara de ar ali mesmo em uma parte onde não havia sombra. Solucionado o problema continuei e quando adentrava a cidade outra vez percebo meu pneu furado. Ai não, furar duas vezes seguidas!!!! Porem empurrei até a praça da estação e antes de começar a trocar de novo o pneu parei para fazer um lanche. enquanto o lanche rolava resolvi postar minha situação no facebook e logo recebi o convite do amigo Jiuliano para ir até sua loja. A Love Run ( https://www.facebook.com/loverunoficial ). Lá fui bem recebi e ele me deu uma ajuda trocando a câmara furada. Aproveitei para conhecer sua loja que vende produtos bacanas demais tanto para corredores como para ciclistas. Fiquei apaixonado com as Scotts que estavam no mostruário. Conheci seu mecânico, o Marcelo, e aproveitei para tomar uma água geladinha. Também ganhei uma caramanhola da loja que veio em boa hora já que uma das minhas estava péssima. Conversamos um pouco e depois segui o caminho, minha ideia era almoçar em Pouso Alto. Voltei novamente para frente da estação e de lá segui na rota da Estrada Real. O caminho inicial era conhecido, visto que foi o mesmo da largada do Challenge Biker do ano passado, prova esta que é realizada pelo Jiuliano. Seguindo o caminho uns 6 quilometros mais a frente tive um problema daqueles de deixar preocupado. Ao precisar fazer um pouco mais de força no pedal, senti uma travada no cambio traseiro e como estava aplicando força seguiu-se então um estalo bem forte. Quase fui ao chão nesta hora, mas consegui desclipar e parar para ver. Quando desci e olhei para a roda traseira percebi que um raio estava quebrado e trançado na corrente. Como aquilo? Quando olhei para o aro percebi que a força foi tanta que arranquei o raio da folha deixando um rombo no aro. Tive que perder um tempo tentando tirar o raio da corrente e depois fiquei pensando: Volto para São Lourenço ou sigo até Pouso Alto? Decidi seguir para Pouso Alto. O aro empenou e nas subidas foi preciso soltar o v-brake para não ficar agarrando o freio. Chegando em Pouso Alto procurei um lugar para tentar arrumar a roda e na oficina alternativa bikes consegui apenas desempenar um pouco o aro. Acabei esquecendo que precisava comer, mas a preocupação tambem era maior pois não seria um aro que ia me impedir de continuar. Então parei para comer um lanche bem rapido e repor minhas águas para seguir até Itamonte pois a pessoa que arrumou meu aro disse que lá eu conseguiria um novo para substituir. Pelo caminho passei por são Sebastião do Rio Verde e Capivari. 
O mais louco é quando você cruza a rodovia e há um quilometro mais ou menos a direita fica a entrada para Itanhandu via asfalto, mas a estrada real você pega a esquerda e atravessando a rodovia você logo começa a subir. Subindo escutei mais um barulho, era outro raio quebrado, mas desta vez consegui tirar antes que desse o mesmo problema do anterior. Para minha sorte combinei de encontrar com minha namorada em Itanhandú e pensei se der algum problema tem como ela me resgatar para que eu possa então tomar alguma providencia. Resolvi ligar para ela e pedi que esperasse em Itamonte, pois eu precisava ver como ficaria a situação do  aro por lá. Chegando em Itamonte avistei uma chuva caindo na parte alta da serra e dessa eu comecei achar que não iria escapar, já que ventava demais. Pedalei o mais rápido que pude e em Itanhandú consegui chegar. Parei em uma loja e lá não havia o meu tipo de aro. A proposito uma dica que dou para quem queira fazer cicloviagem com bagagens, não use aros como o meu, um Vzan Extreme de 28 furos com raios trefilados. Em casos de emergência e praticamente impossível você achar peças para reposição. Fui orientado então a ir em outra bicicletária, a do Mauro que fica na entrada da cidade para quem vem do Rio. Lá ele também não tinha o aro mas arrumou um jeito de colocar uma arruela e conseguiu colocar um raio no lugar. Também trocou outros raios que estavam quebrados e desempenou a roda. Nossa agradeci muito ele pois ajudou bastante. Caso eu não conseguisse arrumar seria preciso comprar uma roda com 36 furos completa, com cubo e tudo para substituir. Lá encontrei com a Vivian e como recomendação tirei um peso que carregava e dei para ela levar. Porem segui com os alforges. Saindo peguei alguns pingos de chuva, mas nem deu para molhar. A saída de Itamonte é uma subidinha constante e depois um descida que me leva direto a Itanhandú. Lá cheguei na praça onde todo ano é dada a largada para uma das etapas do big Biker. 
Fiquei tão preocupado com o aro que esqueci de tirar foto em Itamonte e no percurso até Itanhandú.
 Caxambú




 A maritaca vendo o mundo de cabeça para baixo.
 Povoado entre Caxambú e São Lourenço.


 Pneu furado.

 Loja Love Run do Jiuliano em São Lourenço.





 Problema que me tirou o apetite.


 Pouso Alto.






 São Sebastião do Rio Verde.




 Capivari.

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